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Campo de orientação
O que produz o seu desejo? Para onde te levam os teus movimentos? Onde você quer estar? Em que medida somos colonizados ou livres quando o território é o nosso corpo? Quais as forças externas que nos afetam e o quanto nos limitam ou libertam? Que forças podemos selecionar como aliadas?
O modo como entendo a clínica foi desenvolvido ao longo do meu percurso de experiências formativas e encontros, tem compromisso ético e político com a pluralidade e diversidade da vida.
Esta clínica acolhe sem julgar e compõe forças para aumentar nossa potência de variar e a alegria de viver, na medida em que adota como ponto de partida um ser humano complexo e em processo de autoprodução contínua, a partir de seus múltiplos encontros e agenciamentos. Ou seja, não nos definimos por rótulos, representações fixas e determinantes hierárquicos, já que os entendemos como maneiras de capturar o nosso desejo e nos separar daquilo que podemos.
Mapear, localizar, desviar e criar processos ativos de autonomia faz parte de nosso modo de fazer. Agir sobre nossas dores, interromper ou intensificar processos, desfazer armadilhas da linguagem e mecanismos de repetição que nos capturam, fazendo-nos sentir o mundo pela perspectiva da falta - olhar que produz depressão, ansiedade e dificuldades nas relações, que são efeitos de um desejo já capturado pelas relações sociais pré-formatadas.
Nos encontros clínicos, a proposta é que possamos construir um tempo e um espaço onde seja possível operar as transformações necessárias, voltadas a cada processo singular. Trata-se de instaurar um portal aberto para que a multiplicidade de vetores de forças presentes nessa relação encontre espaço para se manifestar, produzindo saúde e aumentando a potência de viver com autonomia e mais liberdade.
Os atendimentos clínicos têm como campo de orientação a psicanálise, a esquizoanálise e a filosofia da diferença, além de outros saberes que se avizinham e podem se tornar bons aliados do processo terapêutico. A ideia é aumentar nossa capacidade de existir, pensar e criar, experimentando diferentes técnicas de si, sempre de modo ético e responsável.
Para experimentar este percurso, agende uma primeira conversa presencial ou por vídeo chamada. Terapia online para todo o Brasil ou presencial em Petrópolis.
Sejam bem-vindas/os!
O que é um corpo, ou indivíduo, ou um ser vivo, senão uma composição de velocidades e lentidões sobre um plano de imanência?
Deleuze e Guattari

Artigo 1 - Toda e qualquer tentativa de reduzir o ser humano a uma definição e de dissolvê-lo em estruturas formais, sejam quais forem, é incompatível com a visão transdisciplinar.
Artigo 2 - O reconhecimento da existência de diferentes Níveis de Realidade, regido por lógicas diferentes, é inerente à atitude transdisciplinar. Toda tentativa de reduzir a Realidade a um só nível, regido por uma lógica única, são se situa no campo da transdisciplinaridade."
Carta da Transdisciplinaridade - Convento da Arrábida, 6 de novembro de 1994. Comitê de Redação Lima de Freitas, Edgar Morin e Basarab Nicolescu

"A subjetividade, através de chaves transversais, se instaura ao mesmo tempo no mundo do meio ambiente, dos grandes agenciamentos sociais institucionais e, simetricamente, no seio das paisagens e dos fantasmas que habitam as mais íntimas esferas do indivíduo. A reconquista de um grau de autonomia criativa num campo particular invoca outras reconquistas em outros campos”.
Guattari, Félix